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A Companhia de Jesus, desde a sua origem, como ordem religiosa, propôs apresentar todos os seres humanos um modelo de vida exemplar, orientada para um horizonte de santidade. Este objetivo está presente em todas as ações dos Jesuítas, desde iniciativas relacionadas com as ações temporais mais específicas, definidas e refletidas nos Exercícios Espirituais, até às propostas políticas e estratégicas marcadas, na era da expansão missionária, pelo ideal de martírio.

 

O ideal de uma vida perfeita, baseada na doutrina da Igreja mas fortemente imbricada na sociedade laical, inspirou os Jesuítas no seu trabalho apostólico, não só na antiga Companhia da época moderna. Este ideal de demanda de perfeição persistiu após a Restauração da Ordem de Santo Inácio em 1814 e no contexto de outros grandes desafios, nomeadamente esteve presente em todas as formas de resistência aos regimes totalitários, na Itália, na Alemanha e na França, mas também na América Latina ao longo do século XX. Daí a sua grande importância como força de consolidação moral das sociedades em que os Jesuítas trabalharam até ao século XVIII, voltando a ter intervenções relevantes no mundo contemporâneo após a sua Restauração na segunda década do século XIX.

 

A coerência e profundidade deste objetivo, ao longo do tempo e nos seus diferentes aspetos, atestam uma certa forma de continuidade na história da Companhia. Permitem-nos refletir sobre como esta "vida exemplar", marcada por um ideal de santidade, tem sido força motriz para uma presença eficaz na história do mundo. 

 

Este II Colóquio pretende promover uma reflexão abrangente sobre a "política de santidade" e os ideais de vida perfeita dos Jesuítas com suas possibilidades e limites nas suas diferentes etapas e contextos históricos, desde a sua fundação em 1540 até aos dias de hoje.

 

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